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Fusca
01:30
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01- Fusca (Intro)
Rahu! É o muta, com poesia astuta,
Luta e refuta qualquer tipo de conflitos, amigo escuta,
Fisco a prosa curta, risco como um fiscal aviso e logo passo a multa,
Na labuta em busca de quem mais futa, assalto lucra quando o verso é a fusca!
E a minha fusca ofusca qualquer pulga, fujam uma vez por noite o muta purga!
Grande como o Shaq eu piso o Oompa Loompa e a culpa é de quem da boca a gente vulgar!
Mas se nem com lupa vejo a tua letra quando piso como vou pedir desculpa?
Quando escutam o Muta é só Sanuca e tu ainda julgas que somos fracos nunca!
É procurar assunto, se não me falta a memória, há histórias no bairro mas conta la os finais felizes.
Estou a procura do meu pedaço do céu nem o pão do diabo que é meu partilho ou ponho no lixo .
Os cotas na minha rua dizem basta, bom preto não racha, vim mostrar as minhas raízes.
Se a minha rainha nunca se baixou por reis, como é que eu vou para por uma meretriz?
Samurai na costura, na corrida de katana e armadura, a treinar com muita disciplina,
Por isso é que ele ensina, como manter o vigor em cima quando no beat do frank a rima assina,
Ele domina, a pupila da lingua extermina bactérias no hip-hop como um flow semeia a dar vacina.
Tipo andar de bina, o que se sabe não se esquece, pesquisa e percebe ou concentra no rap e rebobina
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2. |
Bu!
03:49
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02- BU
Verso 1
E ponho a mão na boca,
Balas não falham quando o Mutaburi se foca,
No clitóris do instrumental é onde meto a língua quando mais um beat perverso como esse pede a coloca.
Rimar para mim é garota, pato que privo e ainda trato como tropa
Dou papo recto sabe que sou viciado em amor mas hoje a noite para mim ela é só uma moeda de troca e tu?
Queres correr contra o bolt?
Quando na pista não acabas e eu dou cem voltas?
Quando comigo é subir a favela mas sem escoltas?
Rebentar contra ogivas quando entraste sem bombas?
Pugilista verbal, Pac em Pacquiao, mestre quando rimar é a arte marcial.
Senhor da guerra o Mutaburi exagera quando aglomera mais palavras que habitantes a face terra e
Refrão:
Meio invisível no boda,
Chamam-lhe fantasma porque rimar num canto até já é comum
Mas quando o puto abre a boca,
É fantasma porque as rimas dele assustam todo o mundo como um BU!
x2
Verso 2
Desrespeito chamar perfeito, só dou um jeito nas rimas com base no errado que têm feito
E acobardar-me e deixar-me levar na corrente do não percebo é fraco meu mano eu não aceito, deito,
Rimas a betume na construção, muito mais merda do que estrume numa plantação ,
É o costume quando um Muta assume o instrumental para matar do povo toda essa fome por imaginação.
O Mutaburi é galáctico, estrela que brilha alto, olha o povo fanático,
Computador na cabeça, um pulso mecânico, flow meio cibernético, Pensar automático
Ele é igual a ser um mc ao quadrado, é matemático aquilo que ele escreve no quadro,
Desligo o quadro não percebes pinto-te um quadro rimas são meninas e eu Picasso reparto a bocados.
E como magia pelo mira cuspiria sobre qualquer porcaria ou assunto todo dia,
Mostrar ao povo que não saberia ver que na periferia existe talento, depende da analogia.
Olhas para o teu na demagogia e abanas a cabeça para os outros na hipocrisia,
A tentar reduzir a imagem ao sitio onde vivia, a gritar, que cá não dá, quando na verdade podia,
Agarrar um artista.
Pica-lo na vista magoa-lo e ataca-lo na víscera de forma uma sadistica,
Transformo um corpo vivo num disforme e logo conforme a situação venho despacha-lo sem mística,
Chamem a balística, a cia a a nasa ou até mesmo o batista,
Só recebem abraços do jihad bombista,
Se ter talento é ser mal falado nado na crítica, porque nada se compara a minha perícia linguistica.
Refrão:
Verso 3
Não há hipótese, ouviste a tosse, eu não posso parar se não o pulmão do boss morre,
O puto coze palavras como se ponto e linha fosse, porque posso, veloz como ejaculação precoce.
Não percebes de uma vez o teu ouvido é lento moço,
Estou no estofo do carro do Riccas a queimar borracha como uma garrafa na direita e uma blunt grossa!
Tipo.... sa foda que essa merda é nossa!
E depois meteram-me no estúdio com mais dois miúdos, muito malucos, que andaram a bater nos instrumentos
Sem juízo eu dei o aviso não me dêem corda que eu entro na roda com pólvora e rebento!
Eu simplesmente sinto eu não preciso de tempo e desde o tempo que andava com a tripla a frente que no estúdio entro e deixo a malta calada com aquilo que foi escrito no momento!
Vim passar o rap a pente fino, a musica andava com sede eu deitei-lhes finos,
Com amukina por dentro para saberem que a minha rima faz mal a garganta, doença. eu extermino!
Mão na cabeça e a multidão se pergunta como é que o puto faz, vêm, te ensino.
Ou se quiseres por os pontos nos I's liga o beat que logo o Muta mostra-te como rimo.
Do jeito que sou parvo quase baptizam o miúdo otário,
E em alguma parte da minha vida engoli um dicionário
E um excesso de palavras encheu-me mais do que necessário
E agora vomito no beat todo o vocabulário!
Avisem a merda que o super canalizador chegou, esmago tartarugas sou Super Mário!
Bicho papão a noite fico por baixo do teu colchão ou encontra-me atrás do teu armário e!
Refrão:
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3. |
Mais Do Mesmo
02:12
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03- Mais do Mesmo
Pai nosso que estás no céu,
Santificado seja o meu dinheiro como o vosso nome,
Nosso reino é o inferno, em brasa feitas as vontades,
Bem na terra longe do céu, o pão ja nem nos mata a fome.
Perdoai as minhas ofensas, como o álcool e o tabaco,
Assim como eu perdoo todo tropa que não me passa o charro,
A quem nos tem ofendido olhos frisam para o chão e escarro,
Pai livrai-nos de andar a pé enquanto os nossos têm carro.
Cheia de graça, Avé, a senhora é convosco quando há massa,
Bendito dólar entre a mulher e o fruto que com ela passa,
Jesus, santo ventre, faz milagres como a mãe de Deus,
Maria roga e ama o pecador até se tornar ateu.
Vigia a minha preguiça, protege a minha cobiça,
Deixa na ignorância quem a minha rima enfeitiça,
No recolher renovo a aliança com a ostentação,
E recomendo mais do mesmo para todo meu irmão.
Amem
Mas é ridículo como as rimas que eu dropo,
Pisam e esquivam neste ciclo do chegar cedo ao topo,
Cai o top pela moeda dão desde a boca até ao corpo,
Eu perco o foco com fogo no canhão mas não topo.
Nada disso, contar trocos a troco de foco? Please
K.dot disse, antes pobre a nariz no cu de um mc.
Olhem bem para mim, nos sons com um bom whisky duplo
E os padrões confusos quando outra como e o outro culpo.
Canto um tira isso, se a sobrinha tira, no focinho apanha!
Um passa a weed mas se o meu puto pedir um bafinho apanha!
Não sou um cínico, mas quem mal sorri para mim eu tiro a manha
Quando curto as baldas sem esboçar sorrisos.
Porcos riem-se do sujo e os rotos do rasgado,
As bocas que não o engolem todo só dizem barbaridades,
Fígados afogados reclamam dos meus pulmões nublados.
O barco afunda rápido devido as muitas lapas e os agarrados.
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4. |
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04- B.E.M. (Baixa Ênfase Moral)
Tocar no céu, vou tentar tirar os pés do chão.
O mundo é meu, nenhum problema na terra me faz confusão.
Quero voar, sentir bater o vento penso ver de perto o fim do horizonte
E o médico diz se não grito nisso tudo eu estou bem.
Mas,
Nenhum medicamento melhora,
A ferida por dentro, mesmo bem dentro,
É por mais que tente não chego ao inconsciente e agora?
É um filme de terror sentir essa porra!
Cabeça com inúmeros pensamentos por hora,
Só queria poder passar uma vassoura,
Sempre preocupado, cérebro nublado, céu embelezado é quase um milagre raro como a aurora.
Demora,
Cama, adormecer é mentira, vais puxar lençol e ficar no vira gira.
Pira e um pensamento excessivo se delira numa gira já passada e vira ira.
Irra aposto que estão a pensar em mim da forma como eu atchin!
Um dois, meto no móvel a tocar uns sons, e respira.
Recapitular por um bocado, de onde vem de tão pequena idade,
De grãos de areia e teias do passado, toda a minha agressividade.
Éramos putos vocês estavam certos, depois aprendemos que até estavam errados,
Escola secundária e certos estavam de novo, faculdade e sou de novo trocado.
Junta nisso indigestão e um organizar possessivo,
No músculo tensão, falta de atenção e substâncias estão comigo
E a indecisão, fumo no pulmão da sono nas noites que me privo
É a ansiedade mãe, nem gosto muito mas preciso de.
Tocar no céu, vou tentar tirar os pés do chão
O mundo é meu, nenhum problema na terra me faz confusão
Quero voar, sentir bater o vento penso ver de perto o fim do horizonte
E o médico diz se eu não grito nisso tudo eu estou BEEEEEM
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